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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Após Tupac, projeção em 3D deve ‘reviver’ Michael Jackson


 
Dois cantores no palco: um canta ao vivo e o outro, gravado. Um está vivo. E o outro, morto há 16 anos. Esse milagre da tecnologia assombrou o público de um festival de música, nos Estados Unidos. Os cantores em questão são o Rapper Snoop Dog e Tupac, que morreu em 1996, ressuscitado por um sistema que mistura ilusionismo e projeção de vídeo. 


Duetos "do além" já foram feitos. Em 1992, Nat King Cole reapareceu em um vídeo, cantando com a própria filha, Natalie Cole, durante um show. 


Mas agora as imagens são tridimensionais e em alta definição. Em vez de uma simples projeção na tela, pessoas que já morreram ressurgem no palco, como se tivessem o poder de se materializar outra vez. 


'O sistema permite fazer o que parece impossível acontecer em um palco: o cantor pode desaparecer em um estalo de dedos e reaparecer de repente. Também pode interagir com ele mesmo, como se fossem cantores iguais ou irmãos gêmeos. Mas sem dúvida o lado mais sensacional dessa invenção é poder reproduzir, em três dimensões, a imagem de quem não existe mais. 


James Rock, diretor da Musion Eyeliner, a empresa responsável pela volta de Tupac, explica que tudo não passa de uma projeção em um espelho inclinado que fica entre o palco e o público. 


A imensa tela, mais baixa e fora do alcance da visão dos espectadores, exibe as imagens que, refletidas no espelho, ganham vida. Na parte de trás, em um espaço vazio, os atores atuam com base em posições memorizadas ou marcadas discretamente no chão. 


Para entender melhor, funciona assim: escondido na parte de cima do espaço, existe um projetor, apontado para baixo, que manda as imagens gravadas para uma tela, que fica em um nível mais baixo, à frente do palco. O público, posicionado diante do palco, não consegue vê-la. 


Essa tela funciona como um espelho e reflete a imagem para uma película finíssima, praticamente invisível, colocada em um ângulo de 45 graus à frente do palco. A ilusão é de que o que foi projetado nessa película está realmente ali. 


Os atores ou cantores de carne e osso, na verdade, contracenam com o vazio, porque eles não enxergam a projeção. Eles ficam atrás da película. E apenas quem está de frente para o palco vê o efeito. 


Esse truque é antigo. Foi inventado no século 19 pelo professor J.H. Pepper, um químico que virou ilusionista. A técnica, conhecida como Peppers Ghost foi simplesmente aperfeiçoada graças aos novos equipamentos. 


James dá um exemplo de como a mesma técnica pode funcionar em shows de magia. A bailarina se transforma em um cisne de cristal, que, por sua vez, se desmaterializa em pedacinhos que viram centenas de borboletas. 


“Basta existir um filme. Pode ser uma imagem qualquer, nova ou de arquivo, em três ou duas dimensões. A gente dá um trato na imagem, adapta para o sistema e projeta na tela. O resultado é uma presença aparentemente física no palco”, 


Além de criar efeitos incríveis para shows de música, a empresa está usando a mesma técnica para fazer palestras. A imagem do convidado é projetada para a plateia, mas ele não está ali. 


O musical “Ghost”, em cartaz simultaneamente na Broadway, em Nova York, e no centro de Londres, também abusa das cenas em que atores interagem com eles mesmos ou com personagens fantasmas. 


O mago dos efeitos, o ilusionista britânico Paul Kieve, conta que treinou os atores e desenhou o palco para tornar as projeções ainda mais reais. Ele diz que a técnica é única e, como um bom mágico, não revela o segredo em detalhes. 


E muito mais deve vir por aí. O diretor da Musion Eyeliner não gosta de falar da clientela, mas não nega que já foi procurado por vários empresários e parentes de artistas mortos interessados em trazer seus entes-queridos de volta aos palcos. 

Um dos artistas que em breve poderá ser assistido como se estivesse vivo é Michael Jackson. Os irmãos do cantor, morto em 2009, já andaram dizendo que querem organizar uma turnê com o rei do pop. Se depender dessa tecnologia, os artistas não vão ficar mais só na memória dos fãs. Estarão eternamente nos palcos.


fonte:http://www.jornalfloripa.com.br

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